ONU reconhece maconha como medicinal e retira planta da lista de drogas perigosas.
A planta, também conhecida como Cannabis será removida do Anexo IV da Convenção Única de Entorpecentes – onde esteve por 60 anos, ao lado de substâncias perigosas e altamente viciantes como a heroína
🚫 Não é Droga 🚫
Comissão de Narcóticos das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira (02) recomendações da Organização Mundial da Saúde para a Cannabis. A mais importante delas foi a remoção dos produtos medicinais derivados da maconha da categoria das drogas mais perigosas do mundo, como a heroína. Após figurar na lista por 60 anos, a decisão poderá abrir caminho para mais pesquisas com a maconha para uso médico e venda de produtos mais livres no mercado internacional.
1. Comissão de Entorpecentes da ONU.
A Comissão de Entorpecentes inclui 53 estados membros, entre eles o Brasil, que votou contra todas as recomendações da OMS. Porém o voto foi vencido pela maioria das nações numa votação apertada: 27×25 e uma abstenção. Os países votaram uma série de recomendações da OMS sobre a reclassificação da Cannabis e seus derivados. Mas a atenção ficou em torno da remoção da Cannabis do Anexo IV da Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961 – onde estava até agora, ao lado de opióides perigosos e altamente viciantes como a heroína.
2. Classificação.
“Agora a maconha está classificada junto com a morfina – há ao menos a possibilidade de uso terapêutico – na lista I da ONU. Não é ideal, mas considerando a velocidade de bicho-preguiça dos organismos internacionais, foi uma vitória a ser celebrada”, comemorou o psiquiatra Dr. Luis Fernando Tofoli, Pesquisador sobre políticas de drogas e psicodélicos.
Já o advogado Rodrigo Mesquita, da comissão de assuntos regulatórios da OAB, foi além: “definitivamente a Comissão de Narcóticos da ONU reconhece, ainda que de modo tácito, a utilidade medicinal da planta. O impacto regulatório disso é gigantesco”.
3. Voto do Brasil.
O governo brasileiro, que fez campanha contra a mudança, chegou a dizer que a medida era uma “estratégia comunista de poder“. Mas como resultado da votação, China, Rússia, Cuba e outras ditaduras votaram contra. A vitória veio pelas democracias ocidentais, como Austrália, EUA, México, Canadá, Uruguai e os países da União Europeia.
Decisão não interfere no poder dos países em estabelecerem suas próprias regras e leis sobre a planta.
FONTES:
New York Times e do Marijuana Business Daily
Imagem: Marcelo Godinho
Site: Estratégias do Alzheimer
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